O GT Etnografias do Capitalismo tem longa tradição nas Reuniões Brasileira de Antropologia, data do final da década de 80. Sua gênese está intrinsecamente ligada à consolidação da Pós-Graduação da Antropologia na Unicamp com a constituição da Linha de Pesquisa Itinerários Intelectuais e Etnografia dos saberes e o Programa Estilos de Antropologia coordenado pelos professores Cardoso de Oliveira e Guilhermo Ruben na década de 80 que, inspirados em Granger, resgatam a noção de estilo. Esta noção transplantada ao universo das organizações seria a idéia matriz para a constituição do Grupo. O Gt pretende congregar pesquisadores que em vários contextos (local, regional, nacional e transnacional) têm refletido teórica e metodologicamente acerca dos processos contemporâneos de transnacionalização do capitalismo (e suas cosmologias). Deste modo, indagações relevantes são: Quais as ressonâncias dos supracitados processos nas identidades sociais? E quanto aos seus rebatimentos nos universos empresariais e institucionais? Como analisar antropologicamente as interfaces e os dilemas entre capitalismo, Estado e as políticas sociais de geração e transferência de renda e as ações afirmativas? Como etnografar experiências de economia solidária que se constituem no seio das contradições do próprio capitalismo? Como refletir antropologicamente sobre as relações e contradições entre solidariedade e capitalismo? Como conduzir uma reflexão sobre o posicionamento ético do pesquisador?
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