domingo, 18 de março de 2012

GT35 Etnografias do Capitalismo Perspectivas, Dilemas e Desafios Contemporâneos / Guilhermo Raul Ruben (UNICAMP) – Coordenador, Alicia Ferreira Gonçalves (UFPB) – Coordenador e Luciano D' Ascenzi (UNICAMP) – Debatedor.



O GT Etnografias do Capitalismo tem longa tradição nas Reuniões Brasileira de Antropologia, data do final da década de 80. Sua gênese está intrinsecamente ligada à consolidação da Pós-Graduação da Antropologia na Unicamp com a constituição da Linha de Pesquisa Itinerários Intelectuais e Etnografia dos saberes e o Programa Estilos de Antropologia coordenado pelos professores Cardoso de Oliveira e Guilhermo Ruben na década de 80 que, inspirados em Granger, resgatam a noção de estilo. Esta noção transplantada ao universo das organizações seria a idéia matriz para a constituição do Grupo. O Gt pretende congregar pesquisadores que em vários contextos (local, regional, nacional e transnacional) têm refletido teórica e metodologicamente acerca dos processos contemporâneos de transnacionalização do capitalismo (e suas cosmologias). Deste modo, indagações relevantes são: Quais as ressonâncias dos supracitados processos nas identidades sociais? E quanto aos seus rebatimentos nos universos empresariais e institucionais? Como analisar antropologicamente as interfaces e os dilemas entre capitalismo, Estado e as políticas sociais de geração e transferência de renda e as ações afirmativas? Como etnografar experiências de economia solidária que se constituem no seio das contradições do próprio capitalismo? Como refletir antropologicamente sobre as relações e contradições entre solidariedade e capitalismo? Como conduzir uma reflexão sobre o posicionamento ético do pesquisador?

Veja tudo sobre o 28 RBA 

GT Cultura, Economia & Finanças Solidária: dilemas e perspectivas


O objetivo deste Grupo de Trabalho é aglutinar pesquisadores que estão atuando no campo da economia solidária e realizar reflexões analíticas e empíricas das teorias sobre a economia solidária produzidas no Brasil e sua pluralidade de manifestações empíricas, tais como – os empreendimentos econômicos solidários, finanças solidárias, comércio justo, moedas sociais, Bancos Comunitários de Desenvolvimento e clubes de trocas – visando à sistematização de estudos que versem sobre a possibilidade de uma visão ampliada do fato econômico a partir das concepções teóricas de pluralismo econômico – a reciprocidade, a redistribuição, a domesticidade e o mercado – de Karl Polanyi e da Teoria da Dádiva de Marcel Mauss e demais integrantes do Movimento Antiutilitarista das Ciências Sociais (M.A.U.S.S.). Dentre os temas centrais a serem discutidos, estão: as práticas cooperativas, associativistas, auto-gestionárias e organizacionais nos empreendimentos econômicos solidários, as injunções e impactos do marco legal nos empreendimentos econômicos solidários, cadeias solidárias de produção e comercialização, limites e avanços das finanças solidárias e dos BCD, interfaces entre gênero e economia solidária, interfaces entre etnia e economia solidária, interfaces entre economia solidária e desenvolvimento com foco no território e diferenciações regionais e políticas públicas de economia solidária.
Prazo final dia 31 de março.

Veja o Edital aqui.

quinta-feira, 1 de março de 2012

I Introdução ao projeto dos FRS na Paraíba


O presente projeto de pesquisa estabelece como objetivo geral avaliar o desenho e a metodologia dos Fundos Rotativos Solidários (FRS), particularmente no que se refere à transferência de recursos públicos e sua gestão pela comunidade contemplada e o processo de tomada de decisões no seio da coletividade. Em última instância o que se pretende avaliar por meio do processo de gestão e de tomada de decisões, são os impactos na qualidade de vida nas comunidades listadas a seguir: Acauã (Aparecida-Alto Sertão); Sindicato dos Trabalhadores Rurais (Santa Cruz – Alto Sertão) Lagoa do Jogo (Remígio- Médio Sertão); Assentamento Santa Paula (Casserengue – Médio Sertão) e Serviço Pastoral dos Migrantes/SPM (Conde) no Estado da Paraíba, onde seis projetos de economia solidária estão sendo executados. Os objetivos específicos estão listados a seguir:

1- Pesquisa bibliográfica sobre a temática das políticas públicas, avaliação das políticas públicas, fundos rotativos solidários e economia solidária e formação de uma base de dados bibliográfica;

2- Realizar pesquisa de campo nas cinco comunidades já mencionadas no item I com as lideranças. Pequenos agricultores e suas respectivas famílias, e com os agentes institucionais responsáveis pelos projetos sobre a performance dos referidos programas e formação de uma base dados qualitativos, e

3- Produção de indicadores qualitativos (relações sociais, cultura, sistema educacional, políticas públicas, cadeias produtivas, base econômica, modelo de relações políticas e modelo ecológico) das comunidades beneficiárias e compor base de dados.

Trata-se de um projeto a ser desenvolvido em três fases, sendo que cada fase corresponde a um período de 12 meses. O projeto piloto (FASE I) se desenvolverá em cinco comunidades (listadas no item III) situadas no entorno do Litoral, Alto e Médio Sertão paraibano.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Próximo dia 05 de março começam as aulas e atividades acadêmicas para muitos alunos da UFPB.
E para nós (alunos e professores) que participamos de atividades em projetos o ano já começou a algum tempo. Com aplicação de questionários, analise de dados, elaboração de relatórios, entre outros, estamos trabalhando com foco para que nossos objetivos sejam sempre traçados.

Voltamos em breve com informações de 2012.

domingo, 25 de setembro de 2011

ESTÁ NO AR NOSSO DOSSIÊ NO JORNAL DU MAUSS‏

Dossiê com artigos produzidos por alunos do curso de Ciências Sociais da UFPB como requisito de trabalho final da disciplina de Antropologia Econômica, ministra pela Professora Alicia Ferreira Gonçalves.


http://www.jornaldomauss.org/periodico/

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Desenvolvimento, mercado e política sociais em comunidades camponesas no Estado da Paraíba - Alicia Ferreira Gonçalves

RESUMO

Este artigo aborda as interfaces entre desenvolvimento, mercado e políticas sociais em comunidades camponesas. Tais políticas são resgatadas e ressignificadas contemporaneamente como políticas de desenvolvimento local, “atualizando”, desta forma, no litoral, alto-sertão e agreste paraibano uma espécie de economia da dádiva. A experiência modelar que (re) atualiza nessas comunidades uma espécie de economia da dádiva baseada em três atos (dar, receber e retribuir) é a dos Fundos Rotativos Solidários (FRS). Os FRS são instrumentos de finanças solidárias (a fundo perdido) direcionados às comunidades camponesas que praticam a autogestão dos referidos fundos, formando uma poupança, e que decidem reinvestir parte desta em prol da própria comunidade. O foco central da política dos fundos é fortalecer a solidariedade e o circuito da reciprocidade como práticas ancestrais do universo camponês e, simultaneamente, inserir a comunidade no circuito mercantil. A presente abordagem está baseada em uma etnografia em curso em cinco comunidades no Estado da Paraíba. A pesquisa está sendo financiada com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

LINK DO ARTIGO COMPLETO

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Empreendimentos de Economia Solidária comemoram 8º aniversário da Senaes - Camila Queiroz *


Adital


A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) completa, no início deste mês de julho, oito anos de atividade. Para comemorar o caminho trilhado pelo órgão até agora e lembrar a necessidade de fortalecê-lo, diversos estados brasileiros se mobilizaram, realizando eventos. Em Fortaleza, no Ceará, por exemplo, foi organizada a Semana da Economia Solidária.
Uma parceria entre a Rede Cearense de Socioeconomia Solidária (RCSES) e a Seção de Economia Solidária da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará (SRTE/CE), a Semana expôs e comercializou produtos de cerca de 12 empreendimentos de Economia Solidária.


Houve ainda apresentação de grupos culturais, de vídeos, além de debates e reuniões, visando o fortalecimento dos empreendimentos e como momento preparatório para participação na 7ª Feira de Economia Solidária do Mercosul, 18ª Feira Estadual do Cooperativismo Alternativo (Feicoop) e 10ª Feira Nacional de Economia Solidária, eventos que ocorrerão simultaneamente no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, entre os dias 8 e 10 de julho.

"Foi muito produtiva a Semana. Demos visibilidade aos nossos próprios grupos e as formações foram muito boas. Saímos reforçados com todo esse processo", analisa Reginaldo Figueiredo, membro da coordenação da RCSES, e representante do Ceará na Rede Nacional de Socioeconomia Solidária.

No marco de oito anos de existência da Senaes, ele frisa que a criação da secretária foi fruto de muita luta por parte do movimento de Economia Solidária.

Para Reginaldo, valeu a pena se articular por isto, mas é preciso conquistar cada vez mais espaço. "Com a Senaes, houve muito intercâmbio entre os empreendimentos do Brasil inteiro, e muitos projetos puderam ser tocados. Mas ainda achamos pouco e queremos muito mais, até porque hoje já somos mais empreendimentos", enfatiza.

O empreendedor destaca que a Senaes vive hoje um momento "muito importante", devido ao Projeto de Lei 865/2011, por meio do qual o governo cria a futura Secretaria da Micro e Pequena Empresa e anexa a ela a Senaes.

"Nós não queremos isso. Essa nova secretaria não é a nossa casa. As micro e pequenas empresas estão mais ligadas a produção e comercialização. Nós queremos uma economia que tenha autogestão, criatividade e diversidade, por isso temos que ter uma secretaria nossa", explica.

"As matérias de Finanças Solidárias são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste (BNB)".



terça-feira, 14 de junho de 2011

Fundos Rotativos Solidários: dilemas na gestão social (Clarício dos Santos Filho/BNB/CE)

Resumo

O objetivo desta comunicação é realizar uma reflexão crítica das trajetórias institucionais do Programa de Apoio a Projetos Produtivos Solidários, em execução na regi-ão Nordeste do Brasil desde 2005.
A matriz institucional e operacional do PAPPS repousa na metodologia dos Fundos Rotativos Solidários, que são formas de poupança coletivas no meio popular, na forma dinheiro e/ou produtos, geridos por entidades da sociedade civil ou organizações comunitárias, e destinados ao apoio de projetos associativos e comunitários de produção e comercialização de bens e serviços. E, a gestão do Programa é compartilhada entre as organizações comunitárias, entidades governamentais e não governamentais, que for-mam Conselhos Gestores Nacional e Local.
Portanto, a preocupação central são as diferentes trajetórias institucionais a que o Programa está submetido em sua gestão compartilhada. Neste sentido, nosso esforço é compreender os limites, avanços e esperanças do aprendizado da gestão compartilhada envolvendo diferentes matrizes institucionais, e diferentes estilos de organização e to-madas de decisão, que podem ser apreendidos da experiência de gestão social dos Fun-dos Rotativos Solidários no Nordeste brasileiro.


Download do artigo

sábado, 4 de junho de 2011

SEMINÁRIO ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE INCLUSÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL



LOCAL: João Pessoa
DATA: 17/06/2011

PROMOÇÃO: REVISTA NORDESTE XXI/BANCO DO NORDESTE – BNB

PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR

08h30min – Mesa de Abertura

•Jornalista Francisco Bezerra – Diretor- Presidente da Revista Nordeste XXI
•José Sydrião de Alencar Júnior – Diretor de Políticas de desenvolvimento do BNB
•Representante do Governo do Estado da Paraíba
•Representante da Prefeitura Municipal de João Pessoa
•Representante do Fórum Estadual de Economia Solidária da Paraíba.

09h15min

Painel I – Economia Solidária e Fundos Rotativos Solidários: Histórico, Panorama Nacional e Políticas para o Desenvolvimento Sustentável

MODERADOR
•Ademar Bertucci – Cáritas Nacional/Fórum Brasileiro de Economia Solidária
•Roberto Marinho Alves da Silva – Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES
•Eduardo Girão Santiago – UFC /ou Alicia - UFPB

11h15min – Diálogos e debates
12h – Almoço

14h30min
Painel II – Fundos Rotativos Solidários na Paraíba: o direito dos trabalhadores produzirem e viverem em cooperação solidária

MODERADOR: a definir

•Apresentação do Vídeo/Cordel dos Fundos Solidários
•José Waldir de Sousa Costa – ASA
•José Dias Campos – CEPFS/ASHOKA

15h30min

Painel III – O Programa de Apoio a Projetos Produtivos Solidários: concepção, metodologia e resultados

MODERADOR: a definir

•José Narciso Sobrinho – Superintendente do ETENE/BNB

16h – Diálogos e debates
16h30min
Painel IV – O Projeto de Apoio às Finanças Solidárias com base na Organização de Fundos Solidários no Nordeste: mapeamento e construção de redes

MODERADOR: a definir

•Barbara Schmidt-Rahmer – Fundação Esquel/ Pastoral da Criança

17h – Encerramento/Coquetel